"ABASTECIMENTO DE ÁGUA..."

Sobre a postagem da Compesa relatada abaixo, hoje verificamos que a empresa retirou-a da página.
Ótimo, pois não condiz com a realidade!

Maria José Dias Marques
*
† 15.08.2013

Faleceu ontem - quinta-feira 15, aos 86 anos de idade, no Real Hospital Português, no Recife, dona Maria José, viúva de Luiz Gonzaga Marques (em memória).
O sepultamento foi realizado hoje, pela manhã no cemitério São Judas Tadeu, em Afogados da Ingazeira.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

"O abastecimento no município foi reforçado com a instalação do sistema Zé Dantas, composto por 12 poços. O serviço foi orçado em R$ 1 milhão. Além dos poços, houve uma recuperação na barragem de Brotas, que contribuiu para aumentar a capacidade de armazenamento de água na região.

Situação da obra: CONCLUÍDA."

Parabéns ao Dr. Raul Cajueiro de Albuquerque,
que hoje completa seus bem vividos 89 anos de vida

Filho de Antonio Cajueiro de Albuquerque e Maria Cândida de Albuquerque, nasceu em 14 de agosto de 1924 no sítio Cacimba da Mata, em Sertânia.
Até os 22 anos trabalhou no comércio e, em 1951, prestou concurso para Coletor Estadual na função de Inspetor Regional, exercendo-a no grande Recife.
Em 1953, com 29 anos de idade, foi designado para chefiar a Coletoria de Afogados da Ingazeira onde ficou por 30 anos. Em 1956, a jovem afogadense Lourdes Siqueira foi nomeada Auxiliar de Coletoria para exercer as funções na mesma coletoria.
Por ocasião de uma falta de energia no prédio da Coletoria, Raul chamou o eletricista Sebastião Marques de Oliveira (seu Sebas). Este, observador que era, percebeu o tratamento que o Coletor dispensava à jovem funcionária, e lhes disse: “Isso vai acabar em casamento”.
E, não é que no dia 20 de dezembro de 1960, foi realizado o casamento daquele casal pelo Pe. Antonio de Pádua Santos. Dessa união nasceram 5 filhos: Oto (casado com Maria Rita), Hugo (casado com Matilde), Jânio (casado com Givalda), Olga (viúva de Manoel Brás) e Tito (casado com Cristiane).
Encontrava-se entre os concluintes, em 1959, da primeira turma do Colégio Cenecista Mons. Pinto de Campos, juntamente com Luiz Justino, Jurandir Pires Galdino, Virgílio Amaral, Durval Galdino, Joaquim Nazário, Paulo Nelson de Oliveira, Quincas Nazário, Enoque Marques, José Nogueira, João Gomes, Zuzinha Nazário, José Geraldo de Moura, entre outros.
Atraído para a política, em 1982 foi convidado a ser candidato a prefeito com o apoio de José Rodrigues de Brito e correligionários. Perdeu a eleição por uma diferença de 36 votos para o Sr. João Alves Filho (Joãozinho Alves). A disputa mais apertada da história de política de Afogados da Ingazeira.
Foi presidente, secretário e tesoureiro do Lions Club em Afogados da Ingazeira e, como tal, deu ênfase ao auxilio na construção de casas para famílias carentes.
Dr. Raul é aposentado, octogenário, mas nunca deixou de trabalhar pelo povo mais humilde junto à Justiça, na Comarca do Município, no sentido de dar-lhe uma melhor condição jurídica.

Seja precoce

“Para quem deseja ingressar com sucesso na área, é importante botar a mão na massa desde cedo”, aconselha o estudante de ciência da computação Glauco Pires, 21 anos. Atualmente ele é líder de programação na Manifesto, estúdio localizado no Porto Digital.
O interesse pelos games surgiu durante a graduação, em uma disciplina onde precisou produzir um jogo simples. A motivação o levou além e Glauco publicou dois games de sua autoria, chamados Typix e JugglePix.
Hoje, está envolvido na produção de jogos para PC, Mac, tablets e advergames. “Um papel de grande importância numa equipe é o de game designer, que define todo o processo de desenvolvimento do game”, complementa Glauco.
(Do Diário de Pernambuco – Informática de 14.08.2013). Esse garoto, que estará se formando no próximo mês de setembro, é meu sobrinho, filho de minha irmã Tidinha.

"O que a vida quer da gente é coragem
[Magno Martins, foto]

Residente em Afogados da Ingazeira, meu pai, Gastão Cerquinha, 91 anos, veio matar a saudade dos filhos que residem no Recife. O tempo só passa para ele nas complexidades físicas, porque a cabeça e o seu espírito continuam jovens.
Bom de prosa, o levei, há pouco, para provar das iguarias de um típico restaurante mineiro. Refiro-me ao Receitas de Tradição, do meu amigo André, localizado na Rua Manoel Arão, 116, no Espinheiro, a 500 metros da redação deste blog.
Ali, num ambiente simples e agradável, que lembra muito os casarões sertanejos, é possível provar os mais irresistíveis pratos da culinária de Minas, como o leitão a pururuca.
Bom de garfo, meu pai aprovou o tempero de André. E enquanto degustava os pratos rememorava causos sertanejos. Apesar da idade avançada, meu pai ainda tem uma memória privilegiada.
O papo, provocado por mim, girou em torno do meu avô, uma figura que venceu todas as adversidades de vidas secas para criar e educar seus filhos.
Sua profissão? Sapateiro. E dos bons! Acordava cedo, antes de o sol raiar. Não chegava sozinho ao ateliê. Levava toda a prole dos herdeiros machos para ajudá-lo na árdua atividade, entre eles meu pai, que confessou verdadeira ojeriza ao cheiro da graxa e da tinta usada na confecção das sandálias e alpercatas.
“Eu não suportava o cheiro da graxa e por isso mesmo corri para abrir meu próprio negócio”, disse, referindo-se à padaria que abriu. Papai não correu sozinho da parada.
Tio Coió abriu uma mercearia; tio Paulo virou motorista; tio Benedito, bom cozinheiro, criou um restaurante e tio Vicente, mais conhecido como Cheiroso, ganhou o mundo, se fixando em São Paulo.
Resumo da ópera: meu avô, que adorava se apresentar como um dos maiores sapateiros na região, não fez seu herdeiro no ramo. Mas deixou a sua grife: Calçados Seixas.
Augusto, seu nome de batismo, usava o Seixas como sobrenome e não Cerquinha ou Fonseca. O meu Martins vem da minha mãe, nascida em Afogados da Ingazeira, mas criada entre Monteiro, na Paraíba, e Garanhuns.
Papai foi contando mais detalhes da sua vida. Revelou que casou em 31 de dezembro de 1949 e, no mesmo dia, ao invés de viajar em lua-de-mel, foi trabalhar na padaria, junto com minha mãe.
Só dormiram juntos, pela primeira vez, depois de atenderem ao último cliente na padaria. Não duvide! No passado, as coisas eram assim mesmo!
Como em Afogados da Ingazeira não tinha televisão, papai danou-se a fazer filhos. Caprichou, fez uma ninhada de meninos: nove ao todo, sendo cinco homens e quatro mulheres.
Apaixonado por política, meu pai foi eleito vereador e vice-prefeito do município. Quando estava preparando a beca para realizar um dos seus sonhos – prefeito da sua cidade – foi traído pelo cacique do seu grupo naquela época, o também comerciante José Rodrigues de Brito, o Zezé.
A partir dai se dedicou ao comércio, trocando a padaria pelo ramo de miudezas em geral. Meu pai é assim: a cada conversa, uma revelação. Por isso, adoro puxar prosa com ele, especialmente quando estou em Afogados da Ingazeira.
Ali, a gente remói o passado na calçada, olhando para a lua e sentindo a brisa da noite sertaneja.
Ao sugar da fonte paterna tanta sabedoria, relembrei um trecho de Guimarães Rosa, cuja obra meu pai tanto aprecia também:
'O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem'”.