Dr. Orisvaldo Inácio da Silva
* 03.12.1937
† 19.02.2011

Há DOIS ANOS a professora Elvira de Siqueira escrevia neste mural:

Dr. Orisvaldo deixa saudades

Manhã chuvosa de domingo. Uma mistura de calmaria, tristeza, saudade e solidão. Hoje as nuvens não deixaram o sol brilhar no sertão do Pajeú. As ruas de Afogados ficaram silenciosas e sombrias. Não houve o som ensurdecedor de carros como é normal acontecer na nossa cidade, e assim permaneceu por todo o dia.
Um motivo muitíssimo justo legitimou essa mudança de comportamento: a despedida de Dr. Orisvaldo Inácio do nosso convívio. Foi nesse clima de calmaria e mansidão - qualidades próprias dele - que o Deus Todo Poderoso quis recebê-lo.

Todo o empenho, por parte da equipe médica que o assistia, não foi suficiente para retardar a sua morte porque chegou a hora que o Senhor decidiu chamá-lo para uma nova morada, e quando o autor da vida chama, a medicina sai de cena. A vida é breve, dizem algumas pessoas. Esse traço de união entre nascer e morrer, por mais que demore a aproximar esses dois polos, nós ainda achamos muito curto; principalmente quando se trata de pessoas que nos são tão caras. Os segredos de Deus são insondáveis.

O psiquiatra e escritor Augusto Cury afirma que "há dois tipos de sabedoria: a sabedoria inferior e a sabedoria superior". Diz ele: "enquanto a sabedoria inferior julga, culpa, condena e é cheia de diplomas, a superior tolera, compreende, perdoa e não tem graduação; nela não há mestres nem doutores, todos são eternos aprendizes". Acredito que Dr. Orisvaldo era possuidor nato da sabedoria superior.

Falar das admiráveis qualidades de Dr. Orisvaldo seria redundância. Por ocasião da morte de Dr. Hermes, ele disse, com inigualável humildade, que quando aqui chegou, tornou-se discípulo daquele que para ele era modelo e mestre. Quem teve oportunidade de ser atendido (a) por Dr. Orisvaldo pode confirmar que, de fato, ele recebeu e adotou como suas as doutrinas do seu "mestre".

Afogados está de luto. A chegada do corpo de Dr. Orisvaldo foi por demais emocionante. As buzinas das motos que conduziam o cortejo de chegada eram o porta-voz do povo que chorava de tristeza. O recinto da Câmara Municipal tornou-se pequeno para colher os amigos que queriam prestar a sua última homenagem àquele que soube cativar o povo de Afogados e por isto se tornou amado por todos. (Elvira de Siqueira)

João Morais de Almeida
* 12.07.1925
† 19.02.2013

João Godê faleceu aos 87 anos, na madrugada (1h40) desta terça-feira em sua residência em Afogados da Ingazeira.
Ele e sua esposa, dona Ida, estavam prestes e completar 63 anos de união matrimonial.
O sepultamento será realizado às 17h de hoje (terça-feira) no cemitério São Judas Tadeu.

O Papa que sempre renunciou!

Multiplicam-se as mensagens de apoio e afeto ao Santo Padre, o Papa Bento XVI, após o anúncio de sua renúncia, sobretudo por parte dos jovens. O Papa que foi calorosamente acolhido pela juventude no dia em que foi eleito como novo pontífice é agora mais uma vez aclamado pelo seu exemplo de fidelidade, amor e, principalmente, humildade.

Leia o emocionante artigo de um jovem de 23 anos sobre esse evento histórico para fé católica:

A verdadeira causa da renúncia do Papa.

Tenho 23 anos e ainda não entendo muitas coisas. E há muitas coisas que não se podem entender às 8 da manhã quando te dirigem a palavra para dizer com a maior simplicidade: "Daniel, o papa se demitiu". E eu de supetão respondi: "Demitiu?" A resposta era mais do que óbvia, "Quer dizer que renunciou, Daniel, o Papa renunciou!" [Leia mais]

Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFMCap

Neste 18 de fevereiro, dom Pepeu, terceiro bispo diocesano de Afogados da Ingazeira e atual arcebispo metropolitano de Vitória da Conquista (BA), completa idade nova.

Leia um pouco da sua biografia, clicando [aqui]

A verdade do Papa

“Quando assumi a presidência, eu não sabia da verdadeira situação político-econômica do País. A minha renúncia, assinada em 25 de agosto de 1961, era para ter sido uma articulação: nunca imaginei que ela seria de fato aceita e executada”, confidenciou Jânio da Silva Quadros ao seu neto, quando estava muito doente.
Em 8 de agosto de 1974, Richard Nixon fez o mesmo na presidência dos Estados Unidos. O escândalo de uma suposta espionagem na sede do partido arruinaria por completo a carreira daquele homem de origem humilde que alcançou o cargo mais cobiçado do mundo.
O Congresso Brasileiro, que cassou sem aceitar a renuncia apresentada pelo presidente Collor em 29 de setembro de 1992, é muito parecido com o atual.

Hoje esses parlamentares protegem ministros e outros colegas sem as menores condições de provar a verdade sobre suas enormes fortunas, enodoando a já falida política brasileira. Jânio, Nixon e Collor, certamente, tiveram fortes razões para se afastar do poder. E, com coragem o fizeram deixando que o tempo esclarecesse os reais motivos e o povo os julgasse com total imparcialidade.

Durante o mandato do ex-presidente Lula ocorreram os mais escandalosos fatos políticos e financeiros dos últimos séculos no Brasil e, embora parte desses executores e cúmplices já tenham sido julgados e condenados, ainda permanecessem em liberdade e comandando os poderes da nação. Estranhamente o chefe não renunciou. Não são apenas “simples” contradições da vida política, são os “segredos” e as “armas” para se perpetuar num poder podre.

Neste fevereiro de 2013, o mundo testemunhou com surpresa a anunciada renuncia do Papa Bento XVI, que mesmo debilitado fisicamente, encontra-se com suas faculdades mentais em perfeito estado de lucidez. Jornalistas do mundo inteiro tentam encontrar o ou os verdadeiros motivos que levaram o discípulo de João Paulo II a essa decisão. Repórteres franceses que acompanharam o Sumo Pontífice ao México e a Cuba, no ano passado, afirmam que um grupo de cardeais divulgou informes sobre “os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras pelo poder, roubo de documentos secretos, luta entre facções e lavagem de dinheiro”.

Entre todas as especulações existentes e as que ainda virão sobre a saída do atual Líder da Igreja Católica, acredito em seu relato corajoso, humilde e com muita verdade. A mesma verdade citada na Encíclica de João Paulo II, O esplendor da verdade, de 1993. “Só a liberdade que se submete à verdade conduz a pessoa humana a seu verdadeiro bem. O bem da pessoa consiste em estar na verdade e em realizar a verdade”.