AFOGADOS DA INGAZEIRA - MEMÓRIAS Guest Book

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Aloísio Arruda
(94 anos)

Aloisio nasceu em Cabaceiras (PB) no dia 29 de setembro de 1924, na fazenda Riacho Grande, em virtude de seus genitores, naturais de Surubim (PE), estarem residindo naquela localidade, onde permaneceram 10 anos. Quando contava três anos de idade, a família retornou para Surubim/PE, onde ele fez o curso primário. O ginasial cursou em Limoeiro. E para dar continuidade aos estudos, teve que se deslocar para o Recife, em 1943, quando contava 19 anos, e onde, no Ginásio Pernambucano (Colégio Estadual de Pernambuco) fez o curso científico....

(Leia o texto completo no anúncio do seu falecimento no dia 22.11.2018.)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 1-outubro-2018 / 20:20:28

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 1-outubro-2018 / 11:02:04

19.09.1944 - 18.09.2018

Nesta terça-feira 18, nosso primo Marcos Antônio dos Santos (Marcos de Miguel Jacob), aos 74 anos de idade, faleceu em Maceió (AL), onde residia com a família.
Que Deus o tenha em Sua Glória!
À Gina e aos demais primos, nossa Solidariedade!

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 21-setembro-2018 / 16:26:55

"Barracão de Zinco"

A descrição poética do cenário é fabulosa e imponente. Era um dos meus favoritos nos tempos idos. Somente quando fui para o Rio de Janeiro, em 1952, é que cheguei a entender a descrição dada naquela poesia musical. Minha introdução ao Barracão ocorreu durante o carnaval daquele ano.
Um colega do meu grupo de Marinheiros, cujo nome era Lenine, um Negro Carioca. sabendo que eu não tinha família no Rio de Janeiro, convidou-me para ficar na casa da sua mãe para dormir um dia ou dois. Aceitei de bom grado. No dia seguinte, um sábado de Carnaval, fomos para a casa, minha hospedaria.
Eu não tinha a menor noção da localização da residência. Saímos do navio, no horário e nos dirigimos para a praça Mauá onde está o Cais do Porto. A rua que entramos nos levou a pontos elevados da favela e eu fiquei chocado com tudo aquilo, mas, como não havia escolha aceitei de bom grado e fiquei mais elerta.
Ao chegar a casa sua mãe nos recebeu de bom grado e nos informou: "tenham cuidado, pois houve um atentado quase que na nossa porta mais ou menos há meia hora". Tudo isto me alertou mais ainda e comecei a planejar minha segunda opção.
Ao anoitecer descemos o morro e nos dirigimos a Avenida Rio Branco que nos levou para o Centro. Havia uma inundação de gente, cariocas e não cariocas participando da farra.
Às seis da manhã voltei sozinho para a casa hospitaleira que era um barraco tal qual a descrição do poeta. Ao chegar a rua do endereço procurado comecei a subir o Morro, muito atento a qualquer movimento suspeito. Já estava perto do endereço quando senti uma pancada na cabeça; foi uma pedrada. Isto foi à luz do dia. Me voltei pra ver quem havia enviado aquela pedrada, mas não havia ninguém à vista.
Continuei a caminhada para a casa hospitaleira um pouco mais apressado. Isso já era domingo de manhã. Tomei banho e descansei. Foi então que vi o "Barracão de Zinco" poético.

Zezé Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 8-setembro-2018 / 19:55:42
PERSONAGENS DA HISTÓRIA DE AFOGADOS DA INGAZEIRA

Luiz Alves de Oliveira Bitu

Filho de Mariano Alves Barbosa e Francisca de Siqueira e Silva, nasceu em 15 de janeiro de 1868 na fazenda Cedro Branco, Afogados da Ingazeira.
Já com 9 anos, em 1877, ano de grande seca, muita fome e miséria, viajava com o pai, seu Mariano, para Mata Grande - AL para adquirir mantimentos, farinha, feijão, rapadura, milho, etc. O transporte era no lombo de animais. No percurso dessas viagens encontravam famílias inteiras deixando suas terras, indo à busca de outros meios de sobrevivência. Muitos, porém, não conseguiam o objetivo e morriam de fome e sede no meio de caminho, sendo deixados na estrada pelos próprios familiares. Nem sempre eram enterrados!
Luiz Bitu contava que sentia alegria quando estava viajando e avistava, ao longe, um fogo. Isso significava que por ali havia gente.
A mercadoria que conseguiam era trocada por joias – relógios, anéis, correntes, etc., pois na época não havia disponibilidade de dinheiro em espécie na região. Era tudo na base da “troca”. Essas viagens eram repetidas várias vezes no ano, enquanto durou a miséria causada pela estiagem.
Muitas vezes acontecia encontros com grupos de cangaceiros perversos - Adolfo Meia-noite e Nobelino. Luiz Bitu e seu Mariano nunca foram maltratados por eles porque atendiam as necessidades alimentares dos cangaceiros.
Em 1878 a coisa mudou; foi um ano chuvoso. Chegou a bonança e fartura. Os animais se multiplicavam e as colheitas foram boas.
Passado algum tempo, já com 18 anos, Bitu votou pela primeira vez e com essa mesma idade contraiu matrimônio com Constância Nunes Magalhães. Foram residir na fazenda Monte Alegre, em Afogados da Ingazeira. Dessa união tiveram 11 filhos: Manoel, Francisca, Antônia, Joaquina, Ana, José, João, Luzia, Júlio, Sebastião (Bião) e Felizbela.
Em 1908 adquiriu uma fazenda – Poço do Moleque – município de Afogados. Naquela fazenda nasceu o décimo filho do casal, o Sebastião (Bião Bitu).
Anos depois resolve residir na cidade onde os filhos teriam oportunidade de estudar e exercer outras atividades. E assim aconteceu.
Em 21 de janeiro de 1914 recebeu a carta-patente nomeando-o ao posto de Alferes da 1ª Companhia do 404º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional do Município de Afogados da Ingazeira, no estado de Pernambuco, assinada pelo então Presidente da República Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca.
Foi nomeado, também, em 7 de dezembro de 1922, Juiz Municipal da Comarca de Afogados da Ingazeira. Por várias vezes exerceu o cargo de Delegado e Juiz Municipal. No decurso dos anos, sendo proprietário de uma fazenda quase dentro da cidade, dedicou-se à agropecuária e ao artesanato de couro.
No local da casa dessa fazenda, onde residia com sua família, foi aberta a Avenida Arthur Padilha, uma das principais da cidade. À frente foi construída uma praça que leva o seu nome. Com o crescimento da cidade, chegou o desenvolvimento. Vieram as construções de estradas, inclusive as de ferro – The Great Western of Brazil Railway Company Limited / Rede Ferroviária do Nordeste - que passavam dentro da fazenda Pitombeira. Dessa forma a fazenda foi desapropriada e Luiz Bitu foi indenizado pela cessão de parte do seu patrimônio.
Faleceu em 8 de dezembro de 1947, com quase 80 anos de idade, deixando como administrador dos seus bens e responsável pela família o filho Sebastião de Siqueira (Bião) que até então nunca o havia deixado.

[Fonte/acervo: “Afogados da Ingazeira – Memórias” - Fernando Pires]

Fernando Pires
Recife, PE Brasil - 7-setembro-2018 / 9:01:52


Faleceu às 18h10 desta segunda-feira 20, no Hospital Santa Joana, no Recife, aos 70 anos de idade, o político afogadense Antônio Mariano de Brito.
O sepultamento será realizado na próxima quarta-feira, na sua cidade natal.
Aos familiares, nossa solidariedade.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 20-agosto-2018 / 20:14:05

Sobreviventes do Lixo

Devo dizer que fiquei entusiasmado e bem impressionado com aqueles que foram entrevistados pelo Fernando, principalmente o casal com filhos de idade escolar. Eles são um excelente exemplo para as novas gerações, são independentes e de iniciativa para alcançar os seus objetivos financeiros.
Aquela senhora, bem moÇa e jovial, e seu esposo, me deixaram bem impressionado, pelo fato de ser uma pessoa decidida e que merece o nosso respeito e apoio. O trabalho nos dá o sentimento de respeito e o prazer de haver alcançado com iniciativa própria o que outros apenas pensam em fazer, mas sem nenhuma ação.
Estes são meus heróis que viram o campo aberto e tomaram a oportunidade para a ação. Isto é o que faz a diferença na vida do cidadão e da sociedade em geral. O trabalho nos dá o senso de respeito próprio por vermos o resultado do uso das nossas qualidades laboriosas, o resultado óbvio e inegavelmente louvável.
Alem do mais, estes conterrâneos merecem os nossos aplausos e o nosso respeito pela maneira como enfrentam a situaçãoadversa. Eles são um bom exemplo de pessoas de respeito.
Que Senhor os abençoe e guarde.
Com todo o meu amor e simpatia.

Zezé Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 19-agosto-2018 / 9:08:36

O ultimo trem

Não soube muito sobre o último trem de Afogados da Ingazeira, mas, só pelo fato de ver e ouvir essa frase, senti como a morte de uma pessoa amada. O trem, de Afogados para o Recife, foi como uma porta aberta para irmos e voltarmos, quando conveniente, para um mundo distante que agora se fazia acessível. Eram mais ou menos 12 horas de viagem entre Afogados e o Recife.
Agora, era uma simples escolha de quando ir e vir. Era um excitamento sem igual; íamos até a estação só pra saber quem vinha ou quem ia. Era um movimento constante.
Lembro-me da minha primeira viagem de Afogados pro Recife; fiquei ansioso, só de pensar. Fui visitar meu tio Alvaro que residia na Várzea; eu estava com 12 anos. Foi então a minha oportunidade de descobrir o Recife, usando o bonde... foram dias de excitamento e descobrimento. Fiquei conhecendo Recife em todas as direções...

Zezé Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 17-agosto-2018 / 10:57:28

Cadê os ídolos?

A lei só é Lei caso haja justiça. As quase 200 mil leis existentes no Brasil, servem muito mais para proteger os ricos e punir os pobres. O saudoso Dom Francisco costumava dizer que antes de pleitear qualquer coisa, temos que lutar, sempre, por justiça. No início deste mês, a cidade de Afogados da Ingazeira e outras do Pajeú, foram surpreendidas com uma grandiosa operação envolvendo vários órgãos federais de fiscalização em vigilância sanitária, meio ambiente e afins. Diversos pequenos comerciantes tiveram seus estabelecimentos “lacrados” com apreensão de mercadorias e, portanto, impedidos de trabalhar para manterem suas famílias. Igualmente, humildes agricultores foram “visitados” por esse grupo de servidores que mais demonstraram vontade de punir que informar com referência as normas vigentes.

Lembramos aos agentes que vieram, de maneira grosseira, inesperada e até antiética para com os órgãos assemelhados aqui existentes, que avisem aos seus superiores que, antes de autorizar uma operação de guerra dessa envergadura, CUMPRAM o Artigo 6 da nossa Constituição nos proporcionando direitos sociais, tais como educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, e assistência aos desamparados... Tudo isso é OBRIGAÇÃO do Estado.

Fiquei e ainda estou muito triste. Como cidadão e amante desse Pajeú não poderia, jamais, omitir meu descontentamento com as autoridades da nossa região. Ora, como conseguem calar perante tamanha agressão aos honrados trabalhadores sertanejos? Todo bom gestor sabe, ou deveria saber, que desde 1942 “ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.” Então, porque não informou a todo o comércio de sua cidade? O lógico é prevenir com informação do que ter que ver seus munícipes punidos de forma duvidosa. E mais, é tarefa de quem exerce liderança sobre uma comunidade impedir que ações “misteriosas” desse tipo, venham, não apenas multar ou punir, mas aterrorizar todo um povo. O que mais se espera de um chefe do Executivo Municipal é, além da honestidade, a coragem de defender seus habitantes de constrangimentos e sofrimentos que, quando ocorre como nesse caso, leva algum tempo para cicatrizar.

A Lei nem sempre é justa, talvez por isso mesmo muitas são revogadas; diferentemente da Justiça que tem como finalidade a transformação social; como escreveu Rui Barbosa “Eu não troco a justiça pela soberba. Eu não deixo o direito pela força. Eu não esqueço a fraternidade pela tolerância. Eu não substituo a fé pela superstição, a realidade pelo ídolo.” Solidariamente,

Carlos Moura Gomes <carlosmouragomes@yahoo.com.br>
Afogados da Ingazeira, PE Brasil - 12-agosto-2018 / 16:24:55
Caro Fernando, parabéns por manter esta comunicação entre nós afogadenses e demais conterrâneos nordestinos.
Hoje me emocionei lendo as notícias das pessoas queridas que se foram.

Obrigada, Deus, por ter me dado a oportunidade de fazer parte desta comunidade querida!

Lurdinha Rodrigues <lurdinharodrigues.maria@gmail.com>
São Paulo, SP Brasil - 1-agosto-2018 / 9:25:02
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