AFOGADOS DA INGAZEIRA - MEMÓRIAS Guest Book

Caso você queira colocar seu registro, clique aqui!


 Registros de 551 a 560 do total de 5721 [Anterior] [Próximo]

Memórias afetivas de Fátima Brasileiro

Fátima Brasileiro é farmacêutica e atua como Assessora Técnica em Saúde no Consórcio dos Municípios de Pernambuco, que foi criado sob a coordenação da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Ela reside no Recife há 42 anos, mas nunca esqueceu as vivências da infância e adolescência no Sertão. Mais precisamente em Afogados de Ingazeira, município localizado a 386 quilômetros do Recife, no qual realizou os seus primeiros estudos. Mas foi no Sertão, também, que ouvia as histórias de mitos não tão distantes como os cangaceiros, que chegaram a invadir a casa dos seus avós, deixando em desespero toda a família que até hoje faz relato oral dessa história, sobre fato tão comum na caatinga do início do século passado.

Fátima preferiu partir para o registro, não só sobre os lendários bandidos que tomaram de assalto a casa dos avós, em Carnaíba, como também das lembranças que vivenciou em Afogados de Ingazeira, onde fez as primeiras amizades, conheceu o amor, participou das festas de rua, das cerimônias religiosas (como as procissões), dos pastoris. Foi ali, também, que sentiu o flagelo da seca, e alegria de ver o Rio Pajeú com o leito caudaloso, durante uma enchente. Depois que a água baixou, as suas margens viraram uma praia, para os moradores da cidade.

Todas essas vivências fazem parte do livro Memórias Afetivas, que Fátima Brasileiro vai lançar, às 18h do próximo sábado, na Praça Monsenhor Arruda Câmara, em frente à Catedral, onde ocorre a terceira edição da Feira de Empreendedorismo de Afogados de Ingazeira. “Memórias Afetivas” aborda com lirismo e em clima saudosista o Sertão do século passado. O Sertão dos velhos casarões, dos grandes quintais (com fruteiras), das rendas de bilros (feitas pela avó), do gado, das encantadoras viagens de trem da autora, durante a infância. Fátima conta, ainda, as desilusões amorosas da adolescência, o sonho de ser baliza, histórias de costumes e fatos do Sertão.

Um dos mais deliciosos relatos da autora é o capítulo As cheias do Pajeú, tanto em Carnaíba quanto em Afogados de Ingazeira. Nesse município, em 1967, “o rio ultrapassou o leito e invadiu a Avenida Manoel Borba, numa correnteza de assustar”. Ela lembra que as casas ao lado do rio “foram totalmente tomadas pela água, que alcançou o outro lado da rua”. Mas relata a surpresa que veio a seguir. “Passado o susto, uma novidade. A areia trazida pela água formou uma faixa imensa, por um mês ou quase. Afogados, a quase 400 quilômetros do litoral, agora tinha praia”, conta. “A juventude estilosa, de óculos de sol e lenço na cabeça, aproveitava para passear, jogar bola, se divertir. A areia era muito branca, um presente para o Pajeú. Famílias inteiras fazendo piquenique, caminhada, tomando banho”. Ou seja, uma verdadeira praia, em pelo Pajeú. Fátima é gente, é quem.

(Letícia Lins, jornalista)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 17-outubro-2017 / 22:33:25


Aquarela do Brasil - A música é uma das expressões mais belas que temos na sociedade humana, e a Aquarela do Brasil é verdadeiramente ímpar. Traz-me as lembranças de outrora com o excitamento de ouvir pela primeira vez a Aquarela do Brasil no piano com Tyrone Powel. Não me recordo do nome do filme, mas a música sim, é inesquecível. Não tínhamos Rádio, e a difusora Pajeú o substituía.
Com todas as facilidades que temos hoje, é difícil fazer as novas gerações acreditarem que houve um momento no tempo em que comunicação era privilégio de alguns, mesmo assim uma lembrança agradável e um deleite.
Na minha percepção, os cubanos contribuíram bastante com seus maracás na formação fabulosa desse musical tão bonito. Mais uma vez tenho que agradecer ao Fernando o envio desses vídeos.

Zezé de Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 17-outubro-2017 / 6:52:55

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 13-outubro-2017 / 21:53:42

Os perigosos disfarces da mídia

Um renomado jornal divulgou recente matéria onde se lia: ”A televisão aberta brasileira foi, durante anos, referência dentro e fora do país. Aos mais novos, nas décadas de 80 e 90, a TV aberta era tida como um veículo de aprendizagem, visto que trazia muita informação aos telespectadores. Hoje, diferentemente de outrora, o que temos são os big brothers da vida e os excessos. Excessos de cenas de violência e apologia ao crime, excessos de apelo sexual e brincadeiras que expõem os participantes ao ridículo. Tudo isso em programas que antes deveriam servir para informação e distração do público.”

Gostaria de relembrar algumas novelas que marcaram época em nossa literatura televisiva. Em 1973, Dias Gomes escreveu “O Bem Amado” com Toquinho e Vinícius enriquecendo a trilha sonora; Bernardo Guimarães nos deixou a obra “Escrava Isaura”, indo para televisão em 1977 com Dorival Caymmi cantando suas belas canções; em 1986, Benedito Ruy Barbosa escreveu “Pantanal” com participação de João Bosco, Ivan Lins e Almir Sater interpretando um rico repertório musical. Que saudade de uma mensagem rica em dramaturgia e cultura regional!

Infelizmente, hoje os autores abordam temas que, além de insultar a família cristã, nada trazem de útil aos seus míopes telespectadores.

A professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Ivana Guimarães, questionou em um debate sobre “Como conviver com esse bombardeio de imagens, sons, mensagens, formas sedutoras de nos vender sonhos, que entram em nossas vidas sem pedir licença, sem medir consequências, sem passar por uma análise prévia?“

Avós, pais, mães, tias, tios, enfim, todos os membros da família têm, antes de qualquer coisa, de se reeducar e repensar os próprios pensamentos, para uma leitura crítica do que a televisão e similares nos mostram. Caso contrário, sem nos preparar, não podemos instruir nossos dependentes de como identificar os heróis disfarçados de monstros e enfrentar os monstros disfarçados de heróis. CARLOS MOURA GOMES – Gravatá/PE out/2017

.

Carlos Moura Gomes <carlosmouragomes@yahoo.com.br>
Gravatá, PE Brasil - 10-outubro-2017 / 16:30:51

Beleza musical

Oi Fernando, você realmente tem uma percepção de beleza musical refinada, prova está na escolha das suas seleções artísticas. Este moço Marcus Biancardini apresentando a beleza clássica no solo de violão é de nos deixar pasmados com o seu desempenho musical.
Tive a oportunidade de ouvir esta música na minha juventude distante, mas desempenhada da maneira apresentada neste vídeo me deixou muito emocionado. É como se estivesse sendo embalado nos braços da amada, sem nada mais neste mundo para nos despertar deste sonho que é musica como apresentada. Esta é uma grande dádiva e eu muito lhe agradeço.
Quando tudo parece estar seguindo um caminho desagradável e temeroso, esta musica com este desempenho no violão, nos desperta para o mundo de sonhos e ilusões, mais precisamente de amor .
As memórias são vivas e quase reais, e nos deixa embevecidos com as emoções que outrora foram parte de nossa vida longe atrás no tempo. Já ouvi e ouvi novamente pelo menos umas 20 vezes esta obra de arte, e finalmente parei para te dizer que sou muito grato pela lembrança que o amigo me gratificou.
Muito obrigado e até breve.

Zezé Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 6-outubro-2017 / 19:37:04

A gratidão do público

O Velho Guerreiro, Chacrinha, marcou um “golaço” em sua brilhante carreira ao deixar registrado que “Quem não se comunica, se trumbica”; Sílvio Santos, com seus oitenta e tantos anos, hoje famoso e conhecido comunicador, disse em recente entrevista que “Sempre que me chamam para falar sobre comunicação não sei bem o que dizer. Não sei, porque não estudei comunicação, não saberia conceituar comunicação. O que sei é que comunico. A minha vida é comunicar, e a comunicação é a minha vida”. O saudoso escritor Ariano Suassuna, afirmava em suas aulas espetáculos que o importante da comunicação é que as partes se entendam, não interessando o lado culto da língua.
O radialista compõe esse seleto grupo de profissionais queridos pelo público, vivendo quase que diariamente da arte de se comunicar. Daí o reconhecimento, o carinho e o aplauso dos ouvintes, bem como dos órgãos governamentais que elegeram os dias 21 de setembro, lembrando a data da criação da lei que definia o salário para estes talentosos e valentes profissionais e o dia 7 de novembro em homenagem ao nascimento do músico, compositor e, também, radialista Ary Barroso.
Pela importância que essa categoria representa na formação e na cultura de um povo, acredito que não apenas dois dias seriam justos para lembrarmos o Dia do Radialista, mas tantas quantas vezes o público assim desejasse, afinal “não há no mundo exagero mais belo que a gratidão”.

Meu reconhecimento sincero a todos os radialistas...

Carlos Moura Gomes <carlosmouragomes@yahoo.com.br>
Gravatá, PE Brasil - 22-setembro-2017 / 13:52:06

Violência assusta, mas não vencerá...

O compositor Dudu Nobre, em 1989, levou para a Avenida Marquês de Sapucaí, um samba enredo campeão que fez a Imperatriz Leopoldinense cantar com muita emoção “Liberdade, liberdade! / Abra as asas sobre nós / E que a voz da igualdade / Seja sempre a nossa voz”. Essa tão sonhada e conquistada liberdade não pode, jamais, ser atropelada pela violência.

A nossa Constituição Federal em seu artigo 144 diz que a segurança pública é dever do Estado e é exercida para preservação da ordem pública. Mesmo assim, infelizmente, no Brasil, a violência cresce e assume uma posição que amedronta essa pacata família cristã. Particularmente, em Pernambuco o número de homicídio teve um aumento de 39,3% no primeiro semestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016. Foram 2.876 mortes por assassinato e 9.624 ocorrências de furtos e roubos diversos, segundo dados da própria Secretaria de Defesa Social.

O problema da violência, há bastante tempo, vem sendo alertado por estudiosos do assunto, onde apontam as gestões irregulares de vários governos contribuindo com o aumento da miséria, provocando a falta de acesso a uma educação de qualidade e, o pior, registro de corrupção devidamente identificado pelas autoridades policiais, como as principais causas desse terrível e perigoso cenário.

Somente com escolhas e decisões conscientes e criteriosas sobre nossos futuros gestores, poderemos alterar esse desfavorável quadro, porque como escreveu Miguel de Cervantes “A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida”.

Carlos Moura Gomes <carlosmouragomes@yahoo.com.br>
Gravatá, PE Brasil - 19-setembro-2017 / 19:04:06

H2O, o elemento da vida...

O Art. 3º da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que "o direito da água é um dos direitos fundamentais do ser humano..." E, segundo nossa Constituição Federal é de responsabilidade dos governos estaduais a tarefa de administrar, tanto a captação como a distribuição de água para toda população. Porém, alguns governos pecam no quesito planejamento, comprometendo drasticamente o fornecimento desse tão importante e precioso líquido. Infelizmente, fica a impressão que a questão hídrica não é prioridade nesse nosso ?Brasil Varonil? que, paradoxalmente, tem as maiores reservas de água doce do planeta.

É lamentável ouvir as inúmeras e constantes reclamações de moradores, residentes em áreas rurais e urbanas, pela falta de água. Sabemos que existe, sim, a crise hídrica, porém isso só não justifica os erros de gestão na prestação do serviço e, consequentemente, no fornecimento do produto que representa a fonte da vida. Projetos mal elaborados e ausência de uma responsável manutenção periódica provocam constantemente, dentre vários atropelos, rompimentos dos dutos com desperdícios incalculáveis.

Em 2015, em sua segunda encíclica, Louvado Sejas, o Papa Francisco alerta que ?o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos.? Adianta o carismático religioso ?privar os pobres do acesso à água significa negar-lhes o direito à vida?.

Carlos Moura Gomes <carlosmouragomes@yahoo.com.br>
Afogados da Ingazeira, PE Brasil - 12-setembro-2017 / 11:53:50
Olá Fernando, recebi o muito belo e agradável vídeo do nosso Luiz Gonzaga, Rei do Baiao, que me levou a um mundo distante, que, acredito, não mais existe. Fiquei encantado com a entrevista do Luiz Gonzaga.
Faltam-me palavras para descrever o mundo de emoção que esta lembrança despertou em mim.
Estavam aqui, conosco, por três dias, meus dois netos mais novos, Natan e Jason, a quem introduzi o Luiz Gonzaga, relatando a significação daquele muito amado conterrâneo em nossas vidas sertanejas.
Fui introduzido ao Rei do Baião através do Serviço de Autofalantes Pajeú, e daí pra frente foi um mundo de riqueza musical e poética que o Rei nos apresentou. E uma lista longa de joias musicais que, na minha opinião iniciou com Asa Branca, continuando com a sequência fabulosa que nos foi legado.
Muito obrigado pela lembrança tão cheia do doce amargo de saudades.
Um abraço. Zezé

Zezé Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead, CA EUA - 8-setembro-2017 / 14:13:51

O perigoso silêncio dos bons!

"Querido pai, Possidônio Gomes, caso essa pequena mensagem não lhe chegue às mãos, fica registrada minha indignação que, como sexagenário, nunca presenciou tamanha desordem e bagunça em nosso valente e forte Brasil.
Pai, antes lhe comunico que o prédio da Prefeitura Municipal de Afogados da Ingazeira, erguida em sua gestão nos anos 1955-1959, o qual o senhor tinha um zelo especial, recebeu uma merecida manutenção na bonita arquitetura.
Sim, pai, em 2012 o professor e poeta, seu sobrinho Marcos Cordeiro, no discurso de posse como membro da Academia Olindense de Letras, lembrou passagem histórica quando o senhor falava que "o dinheiro, não só o da prefeitura, mas de qualquer órgão público, era, unicamente, para ser usado em benefício da população". Recordo-me dessa época! Porém, na minha ingenuidade, comum a toda criança, asseguro que não fazia a menor ideia daquela sincera e profunda declaração.
A notícia muito triste é que, infelizmente, esse conceito não é seguido por um punhado significativo de empresários e políticos brasileiros. São ex e atuais prefeitos, deputados, senadores, governadores e até o Presidente da República envolvidos no maior escândalo de desvio de dinheiro público desses últimos séculos. São várias quadrilhas, segundo o eficiente e digno Ministério Público Federal, que esvaziam os cofres da Nação Brasileira deixando áreas como a educação, a saúde e a segurança na UTI da imoralidade, ou melhor, no “corredor da morte”. Estamos no “fundo do poço!”
Bom, lembro do senhor sentado na calçada, conversando com Dom Mota, bispo da Diocese, que defendia "com unhas e dentes" a honestidade das autoridades e uma justiça justíssima. Lembro bem desse termo! Mesmo sem entender a fundo, achava aquilo tão bonito, tão interessante!
Pai, sinceramente, diante do que estamos passando, sinto a ausência de importantes instituições como parte da Imprensa, Maçonaria, Rotary e Igrejas de diversos segmentos. Digo mais, lamentavelmente, das próprias Forças Armadas.
Diante desse caos, faço meu o brado do líder religioso, Luther King, "O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”.
Com as bênçãos de Deus,"
Carlos Moura Gomes

Carlos Moura Gomes <carlosmouragomes@yahoo.com.br>
Gravatá, PE Brasil - 28-agosto-2017 / 15:01:07
[Anterior] [Próximo]

Volta

Livro de Visitas desenvolvido pela Lemon Networks


5721