AFOGADOS DA INGAZEIRA - MEMÓRIAS Guest Book

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Por Magno Martins, no seu blog:

Tenho razão de chorar por Yane

Elogiada no mundo inteiro, a solenidade de abertura das Olimpíadas, ontem, no Rio de Janeiro, maltratou nossos corações. Valeu a espera até tarde da noite, de olhos grudados na televisão, para ver Yane Marques, a porta-bandeira brasileira, sacolejar o Maracanã com bossa e maestria, levando e levantando a bandeira nacional. Estamos tristes e desapontados com o Brasil da Lava Jato e dos corruptos, mas quem não ficou orgulhoso com o show de competência na produção da festa? Deu para aliviar um pouco o nosso sofrimento, a nossa angústia, a nossa dor rompida pela crise.

De arrepiar mesmo foi sentir que a cada passo que Yane dava na Avenida da Olimpíada, apresentando o Brasil ao mundo, ali estava o Sertão tipificado. Seu brilho amenizou nossas dores secretas, que se juntam na irmandade sertaneja, o nosso jeito próprio de superar adversidades. Ver Yane foi ver gibão e chapéu de couro, o Brasil sertanejo, do coco, das emboladas, do forró, da zabumba e dos vialejos.

O Brasil das vaquejadas, do aboio dos vaqueiros, do arranco das boiadas nos fechados ou nos tabuleiros. Já disse um poeta que no sertão que a gente mora, mora o coração da gente. A roupa de Yane era verde e amarela, as cores do Brasil. Mas ali enxerguei também, investido de paixão sertaneja, a roupa de couro empoeirada, numa prova para o mundo inteiro que ela veio do Sertão.

O Sertão de poetas e trovadores, de violeiros e repentistas, de cordelistas que só Deus soube criar. O Sertão tem espinhos, é verdade, que doem muito, mas tem também a for do mandacaru, a flor do amor. Tem uma lua branquinha e formosa, um carro de boi sempre a gemer. Tem curral desmoronado pela seca, mourão velho deitado, touro valente, vaca braba e barbatão.

Tem caboclo vaqueiro de grande bravura, vestido de couro, na mata mais dura, entrando pelo mato para pegar boi brabo. O Sertão que Yane encarnou é de gente também que nunca estudou matemática, nunca aprendeu português, mas sabe fazer um verso que muitos letrados não são capazes. Versos que rasgam o nosso coração como se fosse uma navalha, retalhando a alma. > Vi e chorei Yane porta-bandeira eleita pelo povo brasileiro. Ali no cantinho do meu quarto, pensando em escrever algo em sua homenagem para todos nós lavarmos a alma, recorri a uns versos de Rogaciano Leite, pajeuzeiro como Yane, ela de Afogados da Ingazeira, como eu, ele de São José do Egito, cidades-irmãs que se confundem pela beleza e bravura do seu povo. Escrita em 1950, a estrofe abaixo imortalizou Rogaciano:

"Senhores críticos, basta!
Deixai-me passar sem pejo,
Que o trovador sertanejo
Vai seu pinho dedilhar...
Eu sou da terra onde as almas
São todas de cantadores
-Sou do Pajeú das Flores
Tenho razão de cantar!

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 6-agosto-2016 / 9:46:37

Álbum Iconográfico de Afogados da Ingazeira

Meses atrás tive a alegria de receber um belo presente de Fernando Pires: 654 imagens em mídia blu-ray do seu acervo de fotos de Afogados da Ingazeira! Um trabalho primoroso, feito ao longo dos anos, e, postado no site “Afogados da Ingazeira, Ontem & Hoje”. Que (falo por muitos) nos faz muita falta!
Uma conversa no Facebook entre duas mulheres de Afogados sobre a saudade de amigos que não se viam há mais de trinta anos, e de um tempo que ficou congelado em suas mentes, me fez pensar: “Vou criar um grupo para que pessoas como elas possam se reencontrar e matar a saudade.”
Fotografei as fotos do Blu-ray e postei no grupo, sempre lembrando que aquele acervo é de Fernando Pires. As reações de grande emoção acontecem sempre que uma foto é postada e, nela se vê algo familiar, amigos, amores, lugares, ruas e praças. Esse grupo cresceu e outras fotos vieram de álbuns de outras famílias.
Fernando, nós os afogadenses que vivemos fora, sabemos da importância que tem esse acervo que conta a história da nossa cidade. Para mim e para essas centenas de pessoas do grupo: “Afogados da Ingazeira do meu tempo”, só temos a lhe agradecer imensamente.
Grande abraço, querido amigo.

Maria Dapaz <dapazcantora@hotmail.com>
São Paulo, SP Brasil - 31-julho-2016 / 23:06:12

Afogados da Ingazeira “As Ruas por onde andei”, de Milton Oliveira

Quando da minha última visita a Afogados da Ingazeira, fui presenteado com algumas lembranças. Uma delas foi o livro Afogados da Ingazeira, “As ruas por onde andei”, de autoria do Sr. Milton Oliveira, com dedicatória apropriada.
Eu não conhecia aquele jovem, mas, ele me impressionou de maneira positiva. Fiquei sabendo que Joaquim Nazário era seu pai, e isto acordou especial lembrança, pois Joaquim era alfaiate, um excelente profissional.
Ele fez meu primeiro terno de linho branco que usei orgulhosamente nas festas de fim de ano Eu estava com 13 pra 14 anos. Foi um momento agradável quando tive oportunidade de conhecer um representante das novas gerações afogadenses. Guardei o livro com meus pacotes para rever ao retornar a Rosemead.

Com bastante curiosidade abri o livro, notei a dedicatória pelo autor ao amigo Fernando Pires, que em si já é uma recomendação.
Continuei na minha descoberta literária e fui encontrando nomes de pessoas que foram parte da minha vida em Afogados “há um milhão de anos”.
As memórias voltaram vivas e claras, tais como Sr.Helvécio Lima, o perfeito cavalheiro, a tocar a flauta que era uma novidade para mim. Sem dúvida a descoberta de outros nomes famosos de uma época que se foi, deixando o exemplo de uma geração que muito produziu, sem muitos recursos.
Quanto mais lia o livro, mais a minha opinião sobre este documentário reafirma que se trata de matéria de boa qualidade. É uma epístola dos que participaram da vida em Afogados da Ingazeira, tiveram seus nomes batizando as ruas da nossa cidade, eram nossos amigos, eram pessoas simples e amigas que de um modo ou de outro lutavam pela sobrevivência com um sorriso amigo, eram pais e mães, era o povo sertanejo afogadense que participou do processo para chegarmos a Afogados de hoje, marchando progressivamente para seu desenvolvimento.

De maneira brilhante esse livro foi estruturado, pois cada página nos apresenta surpresas diferentes dos nossos conterrâneos e amigos na vida da nossa Afogados. É um livro para consultar e conhecer pessoas e fatos que desconhecíamos sobre o nosso rincão. No meu caso, tive uma grande e agradável surpresa ao encontrar meu pai, Ezequiel Moura, incluído nas suas páginas.

Desejo aqui congratular-me com o Milton Oliveira por um trabalho bem feito e agradável, para nos deleitar com a sua leitura. Verdadeiramente, um trabalho de dedicação e persistência.
Congratulações.

Zezé de Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA Brasil - 30-julho-2016 / 21:39:25

Riacho Fundo

Após a visita a Afogados, fomos até Riacho Fundo, na Ingazeira, que foi da Família da minha irmã Firmina e do seu esposo Júlio Bento, de boas memórias. Na foto abaixo temos minha sobrinha Zorilda me abraçando com entusiasmo e alegria na área fora do refeitório; Maria José, conhecida como Mazé, e também Elvira, nossa participante especial desta página, e Ian, meu neto.
Foi-nos servida uma ótima refeição sertaneja. Senti a falta da Rosilda, que é a líder do estabelecimento que atualmente é uma “Missão Cristã”, pois estava no Recife naquele momento.
Tivemos enorme prazer em visitar aquele sítio, não só pelas lembranças, mas, pela vida pacata e até mesmo diríamos preguiçosa, sem insultar aos residentes que trabalham para manter aquele lugar em excelentes condições.
Naquela tarde morna e agradável sentei-me sozinho ao lado de um dos prédios que tem em frente um jardim modesto, mas de uma beleza natural e fiquei relembrando o passado tão distante e me reencontrei com alguns fantasmas que me deram boas vindas e até me abraçaram. Voltei a ser criança, se bem que por um breve momento da minha imaginação. Acordei do sonho, com a voz do Ian, meu neto que me procurava, a dizer, “aqui estás”. Voltei a realidade e as lágrimas começaram a correr.
Percebi no jardim borboletas lindas, um par delas estava a fazer piruetas no jogo de reprodução. Outro par estava apenas demonstrando sua beleza dada pelo Criador. Havia também, para nos ajudar a absorver aquela beleza, pássaros a demonstrar diferentes tons de cores para embelezar aquela tarde morna e agradável.
Não vi as vacas leiteiras que eram parte daquele belo quadro do meu sertão da década de 40 do século passado, mas apenas um pequeno bando de cabritos que veio me cumprimentar com o seu “béééé”.
Fomos visitar a construção da barragem da Ingazeira que me pareceu gigantesca. A coisa agora é saber se o governo está mesmo disposto a concluir aquela obra tão necessária para a região.
Nos divertimos com aquela visita. Com aproximação do Sol ao poente voltamos a Afogados.
Devo dizer que o amigo Fernando Pires foi o nosso condutor ida e volta. Sou muito grato ao Fernando, que, como sempre, foi o nosso líder amigo, sempre pronto a nos ajudar.
Ao retornarmos a Afogados era minha intenção visitar a rua que tem o nome do meu pai “Ezequiel Moura” e mostrar ao meu neto, mas, me passou pela memória. Fica para uma próxima visita, com outro neto, quem sabe.
Todas estas emoções me abalaram um pouco, no entanto me abriu os olhos para agradecer ao Senhor Deus por todas as dádivas que tem me concedido.
Louvado seja o nosso Deus, em nome de Jesus Cristo.
Amigos, até breve!

Zezé de Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 21-julho-2016 / 21:41:09

Grupo Escolar…

Grupo Escolar Padre Carlos Cottart era o nome original dado àquela escola, mas, políticos e burocratas sempre procurando algo para destruir, mudaram o nome para "Escola Estadual". Ora, o Grupo Escolar sempre foi uma escola estadual uma entidade estadual, qual a razão para tal mudança? Eles não têm resposta.
Quando da minha recente visita a Afogados da Ingazeira, o amigo Fernando Pires parou o carro em frente ao meu “Grupo Escolar” que a princípio não reconheci pela simples razão da mudança do nome. No entanto, logo após o primeiro choque, imediatamente reconheci onde estava. As lembranças começaram a voltar à minha mente como uma chuva com o barulho do trovão e raios fulminantes.
Comecei a rever amigos daquela época que faziam aquela caminhada a pé, diariamente, em busca do aprendizado: João da Mata, Fernando Cruz e seu irmão Gilberto, Maria Padilha, Inezinha Correia e muitos outros que fizeram esta vida mais agradável pela sua participação nas nossas brincadeiras.
Lembro-me bem que no quarto ano, o tumulto era intenso e Dona Creuza Valadares, nossa professor, resolveu que nao merecíamos a hora do recreio. Ficaríamos na sala de aula. Houve um momento de silêncio… Resolvi que, se,era recreio, mesmo em detenção, necessitávamos algo para ajudar a passar o tempo: colecionei as sombrinhas das nossas queridas irmãs e iniciei a oferta para venda de tais peças. Foi um sucesso! As gargalhadas e piadas eram contínuas e o tempo se foi, até hoje, deixando muitas saudades daque magnífico tempo da juventude que nos deixou. Onde estão meus amigos?
Voltando à nossa visita…
Depois de sermos recebidos com muito carinho pela vice-diretora da escola e sua assistente, tivemos uma ótima conversação com elas, tiramos algumas photografias, e o mais importante de tudo foi o fato de ter ao meu lado o meu neto Ian, de 19 anos, com sua barbicha e bigode avermelhados que hoje estuda na Washington Universidade de Saint Louis em Saint Louis Mo. Ele esteve comigo em todos momentos e ficou muito impressionado com a recepção nos dada por nosso povo Nordestino.
A pergunta que me fazia era: “quem são estas pessoas? ”Eu respondia que eram amigos que estavam simplesmente demonstrando sua alegria de ver um sertanejo expatriado voltando a visitar o Sertão.
Fomos apresentados ao jovem Zezito Sá Maranhão Jr., mais conhecido como Junior Finfa. Gostei muito de conhecê-lo, pois o seu pai era um bom amigo, bem como seus tios. Ele apresenta uma característica que herdou do seu pai: o sorriso franco alegre e agradável. Fomos convidados a uma visita ao seu escritório e lá continuamos a conversa. Ele convidou-me para participar no seu site, infelizmente ainda não pude fazê-lo, pois no aeroporto de São Paulo perdi algumas coisas importantes, tais como meu CrediCard, endereços e também cartões, inclusive o cartão com endereço do Junior.
Era hora do almoço... Nada melhor do que procurar um bom local para enchermos a pança, e isto o Fernando proveu, sob a direção dele entramos e nos acomodamos num restaurante que nos deu inspiração para devorar aquelas guloseimas ali apresentadas.
Eu esqueci que só temos um estômago e continuei devorando um pouco de cada uma daquelas deliciosas comidas.
Obrigado Fernando Pires, e o meu neto falou amém!
Como percebem, tive um tempo curto mas bem aproveitado e alimentado de corpo e alma!
Até breve…

Zezé de Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 14-julho-2016 / 22:52:44


Faleceu nesta terça-feira 12, aos 58 anos, no Hospital Emília Câmara,
em Afogados da Ingazeira, o seresteiro DEDA DE CORINA.
Nossa solidariedade aos familiares.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 12-julho-2016 / 21:49:39

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 12-julho-2016 / 21:30:55

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 10-julho-2016 / 9:39:26

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 10-julho-2016 / 9:31:53

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 10-julho-2016 / 8:58:17
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