O que restou de Brotas...

Amigo Fernando, fiquei emocionada olhando o que nos restou de Brotas e esperando ver repetir-se o que acontece toda vez que a falta d'água passa.Terrível, quando sofrimento, quanta indiferença! Como podemos ser tão inconsequentes? Não adianta caçar culpados agora, somos todos responsáveis, está acontecendo no país inteiro, pelo mundo afora!

Quando meus avós e meus pais cavavam cacimbas no leito seco do riacho do Chinelo, eles nos ensinavam a cuidar daquela pouca água que brotava e dos raros lugares onde se cavava e ela era encontrada. Ali não poderia haver sujeira, deveríamos roçar o mato ao redor, proteger o local com galhos de mato para dar sombra. Sempre foi considerado riqueza possuir um terreno cortado por um riacho.
A água que chegava até Brotas vinha de longe, era captada, tratada e distribuída. Quanto custava isso? Brotas secou lentamente diante dos nossos olhos, e mesmo com toda tecnologia disponível, ficamos sem água, nossas fotos ficarão na lembrança.
Vendo isso, fico imaginando: os cientistas estão investindo fortunas incalculáveis vasculhando o Universo procurando um outro planeta para viver, sob argumento de que a Terra está se tornando um local inadequado para a vida humana! Se um dia encontrarem mesmo, ou se pelo menos conseguirem tornar Marte habitável, teremos que fazer um trabalho enorme para mudar nossos hábitos, começando pelo simples gesto de não jogar lixo na rua.

Onde será que vamos despejar lixo comum, continuaremos criando "lixões" a céu aberto, cada vez mais longe do que conseguimos avistar através das nossas janelas? Quais serão as formas que finalmente vamos descartar lixo tóxico? Continuaremos resistindo à criação de fossas que não despejem a sujeira dentro dos pequenos riachos e rios? Como trataremos os esgotos que construímos de qualquer jeito, e que procuramos nos livrar deles da maneira mais fácil possível, mesmo que seja escorrendo dia e noite pela rua, onde a maioria dos moradores também faz o mesmo, sob argumento de que "aqui todo mundo faz assim", diante das portas dos outros vizinhos, direto onde nossos filhos também estão brincando?
Se não mudarmos nossos hábitos, mesmo indo morar em Marte, qual será o primeiro recurso natural que destruiremos?

Do Aborto

Caro Fernando fiquei emocionado ao ler o poema do Gonzaga Barbosa apresentando o lado da criança ainda no ventre materno prestes a ser sacrificada no altar do abôrto. É verdadeiramente compungente e brilhantemente descrito com detalhes. Vivemos numa idade cheia de egoíismo onde ouvimos constantemente a acertação do “eu” e nada mais importa.
A maior degradação da sociedade atual é a aceitação do aborto como se nada importa, como se o feto não tivesse qualquer valor social e moral. E o pior é que isto é aceito nos meios sociais como coisa normal, como se fora apenas o remover de um tumor qualquer. A mãe esquece que ela foi tambem um bebe e que se sua mãe houvesse optado por um aborto ela nao existiria.
Sem dúvida nenhuma, isso tudo é o produto do liberalismo diabólico, egoísta, desenfreado, sem Deus e sem consciência moral onde tudo vale e é permitido, com a desculpa de que “é meu corpo e ninguém tem nada a ver com o assunto” , numa demonstração do egoismo mais extremo.
Desejo deixar aqui meu agradecimento ao Barbosa por tão significante mensagem para uma sociedade moralmente decaída. Precisamos lutar contra as forças do mal que estão sempre a nos seduzir.
Que o Senhor Deus tenha misericórdia de nós, pecadores.
Ate breve

Frustração no Sertão

O Sertão do Pajeú está desapontado com o secretário de Transportes, Isaltino Nascimento, que abandonou o projeto de recapeamento da estrada que liga o distrito de Albuquerque-Né ao município de Afogados da Ingazeira.
O Governo prometeu o recapeamento do trecho, que virou uma tábua de pirulito. (Magno Martins (foto), no seu blog)